Espiritualidade materialista

Bob Kowalski
2 min readJun 7, 2024

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O Papado e a Ostentação: Ao longo da história, muitos Papas viveram em luxos extravagantes, habitando palácios opulentos e utilizando objetos de valor exorbitante. Essa ostentação material contrasta com a mensagem de simplicidade e humildade pregada por Jesus Cristo, gerando questionamentos sobre a autenticidade da fé e a priorização do poder e da riqueza em detrimento da espiritualidade.

Indulgências e Venda de Relíquias: Na Idade Média, a Igreja Católica vendia indulgências, certificados que prometiam reduzir o tempo de sofrimento no purgatório. Relíquias, como pedaços da cruz de Cristo ou ossos de santos, também eram comercializadas a preços exorbitantes. Essa mercantilização da fé demonstra a exploração da crença popular para ganho material, evidenciando a priorização do material sobre o espiritual.

Relíquias Falsas na Idade Média: Durante a Idade Média, a comercialização de relíquias supostamente sagradas, como pedaços da cruz de Cristo ou ossos de santos, era comum. Muitas dessas relíquias eram falsificadas e vendidas a preços elevados, explorando a fé das pessoas para ganho material.

Amuletos, bandejas de oferendas, bastões de poder, búzios, cálices, cálices de ritual, caldeirões, cartomancia, colares com símbolos místicos, conchas do mar, cristais, escapulários, espadas, espelhos mágicos, estandartes, estátuas, estojos de incenso, feitiçaria, imagens, incensos, instrumentos musicais, leitura de aura, lâmpadas de sal, livros sagrados, magnetismo, mandalas, máscaras sagradas, medalhas religiosas, moedas da sorte, ossos de animais, pantáculos, pêndulos, pentagramas, potes de cerâmica para ervas, radiestesia, reiki, rosários, runas, sino dos ventos, taças de água benta, talismãs, tapetes de meditação, toalhas de altar, varinhas mágicas, velas.

Criei o termo o termo “espiritualidade materialista” e que parece paradoxal à primeira vista, mas representa uma valiosa classificação na filosofia da religião. Este termo refere-se às crenças que buscam o transcendente através de objetos e rituais físicos.

Muitos acreditam que a simples presença física desses objetos ou a realização de certos gestos rituais possa catalisar transformações espirituais ou mesmo curativas. Mas, a fé autêntica não necessita de intermediários ou canais especiais. O uso desses objetos e práticas revela uma gigantesca falta de fé; se deus está em tudo, na terra e no céu, por que buscar no material o que já é seu? Por que achar que a divindade está no tangível?

Se existisse deuses bastaria sentir e pensar para nos conectarmos com a divindade.

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